Sinônimos e Nomes populares:
O QUE É?
COMO SE DESENVOLVE OU SE ADQUIRE?
O QUE SE SENTE?
O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.
Doenças | Distúrbios |
Hipertensão arterial | Distúrbios lipídicos |
Doenças cardiovasculares | Hipercolesterolemia |
Doenças cérebro-vasculares | Diminuição de HDL ("colesterol bom") |
Diabetes Mellitus tipo II | Aumento da insulina |
Câncer | Intolerância à glicose |
Osteoartrite | Distúrbios menstruais/Infertilidade |
Coledocolitíase | Apnéia do sono |
IMC ( kg/m2) | Grau de Risco | Tipo de obesidade |
18 a 24,9 | Peso saudável | Ausente |
25 a 29,9 | Moderado | Sobrepeso ( Pré-Obesidade ) |
30 a 34,9 | Alto | Obesidade Grau I |
35 a 39,9 | Muito Alto | Obesidade Grau II |
40 ou mais | Extremo | Obesidade Grau III ("Mórbida") |
Altura (cm) | Peso Inferior (kg) | Peso Superior (kg) |
145 | 38 | 52 |
150 | 41 | 56 |
155 | 44 | 60 |
160 | 47 | 64 |
165 | 50 | 68 |
170 | 53 | 72 |
175 | 56 | 77 |
180 | 59 | 81 |
185 | 62 | 85 |
190 | 65 | 91 |
Risco Aumentado | Risco Muito Aumentado | |
Homem | 94 cm | 102 cm |
Mulher | 80 cm | 88 cm |
Classificação da Obesidade de Acordo com suas Causas:
Obesidade por Distúrbio Nutricional | |
Dietas ricas em gorduras | |
Dietas de lancherias | |
Obesidade por Inatividade Física | |
Sedentarismo | |
Incapacidade obrigatória | |
Idade avançada | |
Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas | |
Síndromes hipotalâmicas | |
Síndrome de Cushing | |
Hipotireoidismo | |
Ovários Policísticos | |
Pseudohipaparatireoidismo | |
Hipogonadismo | |
Déficit de hormônio de crescimento | |
Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina | |
Obesidades Secundárias | |
Sedentarismo | |
Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona | |
Cirurgia hipotalâmica | |
Obesidades de Causa Genética | |
Autossômica recessiva | |
Ligada ao cromossomo X | |
Cromossômicas (Prader-Willi) | |
Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl |
Reeducação Alimentar
Exercício
Drogas
A obesidade é geralmente definida como a condição de pesar 20% ou mais acima do seu peso ideal que pode ser verificado em uma tabela de peso. Nos Estados Unidos, cerca de um a cada cinco homens e uma a cada três mulheres são obesos.
A meta no tratamento da obesidade é perder peso. Atividade física é uma parte essencial em qualquer programa de perda de peso e deve tornar-se permanente em seu estilo de vida. Os benefícios da atividade física podem incluir:
- Queima de calorias e perda de peso
- Manutenção da tonificação dos músculos
- Aumento da taxa de metabolismo (a quantidade de calorias que o seu organismo queima 24 horas por dia)
- Melhoria na circulação
- Melhoria nas funções cardíacas e pulmonares
- Aumento do auto-controle
- Redução do estresse
- Aumento da habilidade de concentração
- Melhoria na aparência
- Redução da depressão
- Diminuição do apetite
- Melhoria na qualidade do sono
- Prevenção de diabetes, pressão sangüínea e colesterol altos.
Algumas pessoas podem perder peso por si próprias, mas a maioria deve procurar a ajuda de um médico que checará seu pulso, pressão sangüínea, e batimentos cardíacos, perguntar sobre sua histórico e pedir exames laboratoriais, se necessário.
Seu médico poderá encaminhá-lo a um nutricionista para planejar uma dieta saudável que o ajudará a perder de 0,5 a 1 Kg por semana.
Algumas sugestões de exercícios:
- Caminhar todos os dias.
- Usar escadas ao invés dos elevadores.
- Encontrar uma atividade física que seja conveniente e adequada e que se encaixe ao seu estilo de vida.
- Ir a um spa, uma academia ou aulas de ginástica.
- Encontrar um amigo, colega de trabalho ou familiar para acompanhá-lo durante os exercícios.
- Fazer exercícios no mesmo horário todos os dias.
Assim que começar a exercitar-se mais, mantenha em mente estas regras:
- Sua meta é começar uma rotina de atividade física que possa transformar-se em hábito agradável .
- Escolha atividades agradáveis, que possam ser adequadas e que se encaixem nos seus horários.
- Use uma tabela que mostre quantas calorias são queimadas em diferentes atividades físicas para que possa ter uma idéia dos tipos de exercícios.
- Se você não gostar de esportes ou academias, leve em consideração pedalar, caminhar ao ar livre ou se exercitar em casa com fitas de vídeo. (Alguns esportes, como boliche por exemplo, não oferecem o nível de atividade física necessário para melhores resultados.)
- Aumente aos poucos o nível de atividade para que haja um acréscimo nos ritmos da respiração , batimentos cardíacos e sudorese, todavia, evite forçar músculos ou exercícios que causem desmaios e náuseas.
- Aumente seus exercícios para trinta minutos diários para o bem da saúde cardiovascular. Exercícios longos e freqüentes, tais como caminhar ao ar livre, são melhores para perder peso. Faça exercícios de alongamento ou de aquecimento antes de começar a se exercitar e exercícios de relaxamento após.
- Use sapatos próprios e roupas folgadas.
- Tome uma quantidade extra de água ou de líquido para esportistas, como Gatorade por exemplo, quando fizer muito exercício ou quando estiver em tempo de calor.
Siga estas regras para manter seu programa de exercícios:
- Escolha uma modalidade de atividade física agradável.
- Evite ter grandes expectativas.
- Evite ser competitivo ,melhore seu desempenho sem comparar-se com outra pessoa.
- Combine atividade física com atividades sociais, como por exemplo exercitar-se em grupo.
- Evite cansaço e lesões por faltar às atividades durante 1 ou 2 dias por semana.
- Procure recuperar-se completamente de alguma doença ocasional antes de recomeçar os exercícios.
- Lembre-se que atividades físicas devem continuar por toda vida. Não tente ser muito intenso e divirta-se ficando saudável.
Sedentarismo
O sedentarismo já é considerado a doença do próximo milênio. Na verdade trata-se de um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos da vida moderna. Com a evolução da tecnologia e a tendência cada vez maior de substituição das atividades ocupacionais que demandam gasto energético por facilidades automatizadas, o ser humano adota cada vez mais a lei do menor esforço reduzindo assim o consumo energético de seu corpo.
O que é o sedentarismo?
O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva. Do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais. Segundo um trabalho realizado com ex-alunos da Universidade de Harvard, o gasto calórico semanal define se o indivíduo é sedentário ou ativo. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas.
A vida sedentária provoca literalmente o desuso dos sistemas funcionais. O aparelho locomotor e os demais órgãos e sistemas solicitados durante as diferentes formas de atividade física entram em um processo de regressão funcional, caracterizando, no caso dos músculos esqueléticos, um fenômeno associado à atrofia das fibras musculares, à perda da flexibilidade articular, além do comprometimento funcional de vários órgãos.
O sedentarismo é a principal causa do aumento da incidência de várias doenças. Hipertensão arterial, diabetes, obesidade, ansiedade, aumento do colesterol, infarto do miocárdio são alguns dos exemplos das doenças às quais o indivíduo sedentário se expõe. O sedentarismo é considerado o principal fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças.
Para atingir o mínimo de atividade física semanal, existem várias propostas que podem ser adotadas de acordo com as possibilidades ou conveniências de cada um:
- Praticar atividades esportivas como andar, correr, pedalar, nadar, fazer ginástica, exercícios com pesos ou jogar bola é uma proposta válida para evitar o sedentarismo e importante para melhorar a qualidade de vida. Recomenda-se a realização de exercícios físicos de intensidade moderada durante 40 a 60 minutos de 3 a 5 vezes por semana;
- Exercer as atividades físicas necessárias à vida cotidiana de maneira consciente.
Quais são as alternativas às atividades físicas esportivas?
A vida nos grandes centros urbanos com a sua automatização progressiva, além de induzir o indivíduo a gastar menos energia, geralmente impõe grandes dificuldades para ele encontrar tempo e locais disponíveis para a prática das atividades físicas espontâneas. A própria falta de segurança urbana acaba sendo um obstáculo para quem pretende fazer atividades físicas. Diante dessas limitações, tornar-se ativo pode ser uma tarefa mais difícil, porém não de todo impossível.
As alternativas disponíveis muitas vezes estão ao alcance do cidadão porém passam desapercebidas.
Aumentar o gasto calórico semanal pode se tornar possível, simplesmente reagindo aos confortos da vida moderna. Subir 2 ou 3 andares de escada ao chegar em casa ou no trabalho, dispensar o interfone e o controle remoto, estacionar o automóvel intencionalmente num local mais distante, dispensar a escada rolante no shopping-center, são algumas alternativas que podem compor uma mudança de hábitos.
Segundo trabalhos científicos recentes, praticar atividades físicas por um período mínimo de 30 minutos diariamente, contínuos ou acumulados, é a dose suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.
A liberação plena para a prática de atividades físicas, particularmente as atividades competitivas e de maior intensidade, deve partir do médico. Nesses casos, um exame médico e eventualmente um teste ergométrico podem e devem ser recomendados. Indivíduos portadores de hipertensão, diabetes, coronariopatias, doenças vasculares etc. devem ser adequadamente avaliados pelo clínico não somente quanto à liberação para a prática de exercícios, como também quanto à indicação do exercício adequado como parte do tratamento da doença. Quando se trata de praticar exercícios moderados como a caminhada, raramente existirá uma contra-indicação médica, com exceção de casos de limitação funcional grave.
A principal recomendação é seguir o bom senso e praticar exercícios como um hábito de vida e não como quem toma um remédio amargo. A principal orientação é fazer exercícios com prazer, sentindo bem-estar antes, durante e principalmente depois da atividade física. Qualquer desconforto sentido durante ou depois de exercícios deve ser adequadamente avaliado por um profissional da especialidade. O exercício não precisa e não deve ser exaustivo se o propósito for a saúde.
- Usar roupas adequadas: A função da roupa durante o exercício é proporcionar proteção e conforto térmico. Agasalhos que provocam aumento excessivo da sudorese devem ser evitados porque provocam desconforto e desidratação, não exercendo nenhum efeito positivo sobre a perda de peso.
- Hidratar-se adequadamente: Deve-se ingerir líquidos antes, durante e depois de exercícios. A perda excessiva de líquidos e a desidratação constituem a principal causa de mal-estar durante o exercício.
- Sentir bem-estar: Escolha a modalidade e sobretudo a intensidade de exercício que traga prazer e boa tolerância. Ao fazer exercícios prolongados ajuste a intensidade que permita sua comunicação verbal sem que a respiração ofegante prejudique sua fala. Esta é uma forma prática de ajustar uma intensidade adequada.
- Consulte seu médico: Qualquer dúvida ou desconforto procure orientaçãoprofissional. Realizar uma avaliação física para elaboração de um programa de treinamento será uma atitude de grande utilidade prática. Não se deixe levar por propagandas muitas vezes enganosas prometendo resultados milagrosos com outros recursos recomendados para substituir os benefícios do exercício ativo.
A atividade física regular e realizada com prazer é um recurso insubstituível na promoção de saúde e qualidade de vida.